Cleide Coutinho (Foto Divulgação) |
De acordo com a parlamentar, entre as obras objeto dos recursos a
serem pactuados pelo Estado junto ao BNDES, estão a construção do
hospital regional de Caxias e a pavimentação da rodovia MA-127 – estrada
que liga Caxias ao município de São João do Sóter.
“Estas obras foram anunciadas pelo governo estadual como
licitadas e iniciadas, inclusive com grande estardalhaço midiático em
nossa região. Porém, o que se pode extrair da mensagem encaminhada pela
governadora, é que tudo não passava de mais um factoide, com a mera
intenção de influenciar no resultado das eleições municipais.”, disse
Cleide Coutinho.
A deputada fez questão de ressaltar, no entanto, que em momento
algum se colocou contrária à construção do hospital regional de Caxias
ou a pavimentação da MA-127, mas diz discordar com veemência da maneira
como o Governo vem conduzindo suas ações em todo o estado.
“Entendo que tanto o hospital como a estrada, são obras
necessárias e há muito esperadas pela população, inclusive reivindicadas
por nós inúmeras vezes da tribuna desta Casa. O problema é que o
Executivo parece brincar com o povo maranhense, quando anuncia obras que
sabe não ter como levá-las adiante. Se, por obra divina, a maioria dos
deputados entendesse votar contra o empréstimo ora pleiteado, o governo
estaria metido numa sinuca de bico.”, argumentou a parlamentar.
Cleide alertou ainda para o fato de as obras terem sido
informadas anteriormente pelo Governo do Estado como licitadas e
iniciadas, porém, sem as devidas dotações orçamentárias:
“Parece-me um caso típico de improbidade administrativa, pois, se
foram mesmo licitadas e iniciadas, sem previsão de orçamento, segundo o
próprio Executivo afirma, o modus fere de morte a Lei de Responsabilidade Fiscal.”.
Histórico – O hospital regional prometido para Caxias tem
um histórico de fatos bastante controversos. Inicialmente, a obra estava
prevista para ser concluída em dezembro de 2010. Um terreno onde a
unidade seria construída, às margens da BR-316, chegou a ser comprado em
caráter emergencial pelo Governo do Estado, por R$ 3 milhões, mas a
obra sequer chegou a ser iniciada, porque o imóvel está penhorado pela
Justiça Federal por conta de inúmeras dívidas trabalhistas em desfavor
da antiga proprietária, a Sociedade Educacional de Caxias – Soeduca -,
de propriedade da família do ex-prefeito Paulo Marinho.
Faltando menos de dois meses para as últimas eleições municipais,
o governo estadual voltou a falar na construção do hospital, quando
anunciou que a obra estava devidamente licitada e seria entregue em um
prazo máximo de 180 meses.
Aprovação – Apesar de contrariar parecer técnico da
Comissão de Constituição e Justiça da Casa, o empréstimo foi aprovado
pela Assembleia, sob protestos dos parlamentares oposicionistas.
Do blog do Ricardo Marques
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