sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Junior do Mojó é preso pela PF em São Paulo


FIM DE LINHA
Por Wellington Rabello
Policiais federais prenderam ontem (6), da cidade de São Paulo, o ex-vereador de Paço do Lumiar, Edson Arouche Júnior, o “Júnior do Mojó”, de 42 anos – foragido desde outubro do ano passado. Ele é um dos principais suspeitos de ter mandado assassinar o empresário Marggion Lanyere Ferreira Andrade, 45; crime ocorrido no dia 14 de outubro, do ano passado, em um terreno de propriedade da vítima, no Bairro do Araçagi – município de São José de Ribamar.
A prisão de Júnior do Mojó foi confirmada na tarde de ontem pelo secretário de Segurança do Maranhão, Aluísio Mendes, após manter contato com a Polícia Federal em Brasília. O secretário contou que o ex-vereador foi localizado por volta do meio-dia, no Bairro do Jabaquara, na capital paulista.
Aluísio Mendes informou que Júnior do Mojó foi visto e reconhecido por um policial federal, que comunicou o fato à Superintendência da Polícia Federal, no Estado de São Paulo. Foi dito por Aluísio Mendes que, a partir de hoje (7), a Polícia Civil do Maranhão vai tratar junto à Polícia Federal da transferência do preso para a capital maranhense, o que deve acontecer entre segunda e quarta-feira, da próxima semana.
Além de Júnior do Mojó, aparece como suspeito de ser mandante do crime que vitimou Marggion Andrade é o corretor de imóveis Elias Orlando Nunes Filho, de 57 anos. Ele chegou a ser preso, mas em menos de 24 horas conseguiu um habeas corpus, expedido pela desembargadora Maria dos Remédios Buna Costa Magalhães, e está foragido.
O crime – Marggion Andrade foi assassinado no dia 14 de outubro, com um tiro de revólver na nuca, quando chegava com o almoço de Roubert Sousa dos Santos, o “Louro”, contratado pelo empresário para vigiar o seu terreno, localizado na Rua Bonanza, no Araçagi. Enquanto o caseiro distraía a vítima, Alex de Sousa se aproximou pelas costas de Marggion e efetuou os disparos. A dupla contou com ajuda de um adolescente, que vigiava o local. No terreno, os criminosos já haviam preparado uma cova, na qual o corpo foi encontrado, na manhã do dia seguinte.
De acordo com as investigações, o crime foi motivado por uma disputa pela propriedade do terreno, que já era legalmente de Marggion Andrade, mas tinha sido revendido pela Imobiliária Territorial, por meio de documentos falsos, a mais quatro clientes. O empresário assassinado, portanto, conforme garantiu a polícia, foi o primeiro comprador legal do lote e até iniciara a construção de uma casa, apesar das frequentes ameaças de morte que recebia, atribuídas no inquérito aos sócios da imobiliária.
Preventivas – Com a conclusão do inquérito, foi decretada a prisão preventiva dos supostos autores intelectuais do crime e de outras duas pessoas, identificadas como Francisco das Chagas Lima e Janice Oliveira Sousa. O casal, segundo a polícia, seria da Imobiliária Barramar e teria providenciado aos colegas sócios da Imobiliária Territorial toda a documentação para a revenda do lote pertencente a Marggion Andrade.
O inquérito tem mais de 350 páginas. Por determinação do secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, uma força-tarefa composta por delegados e investigadores estão trabalhando nas investigações sobre a grilagem de terras na Região Metropolitana de São Luís, constatada com o assassinato do empresário Marggion Andrade.

Jornal Pequeno

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